quinta-feira, 17 de outubro de 2019

"Fim de cena" - Tim Howard


Na edição deste “Fim de cena” iremos falar de alguém que pendurou as chuteiras e, ao mesmo tempo, fez descansar as suas luvas. Mais concretamente, refiro-me ao experiente guarda-redes Timothy Matthew Howard, mais conhecido por Tim Howard.

Nasceu a 6 de março de 1979, em North Brunswick, e o seu primeiro clube foi o North Jersey Imperials, onde realizou 6 partidas e foi levado para outra paragem pelo seu treinador de guarda-redes, Tony Coton, o mesmo que o introduziu neste desporto.

Foi a 18 de Agosto de 1998 que realizou a sua estreia na MLS com o MetroStars, executando 5 defesas e garantindo uma vitória por 4-1 sobre o Colorado. Curiosamente, foi a sua única aparição nesse ano.

Com poucas oportunidades pelo escalão principal, foi-se destacando pelas camadas jovens das seleções norte americanas, mais precisamente nos sub-20, chegando a competir no Mundial sub-20 realizado na Nigéria, em 1999.

Em 2001, tornou-se no mais jovem jogador da sua posição a ganhar o prémio de melhor guardião da MLS. Mas foi na temporada de 2002 que encontrou mais regularidade a nível competitivo, participando em 27 dos 28 jogos, chamando a atenção de clubes europeus.

Teve a sua primeira grande prenda a 10 de março de 2002, estreando-se pela seleção norte americana onde, mais adiante, conseguiu acumular 121 internacionalizações, 3 títulos da CONCACAF (2007, 2013 e 2017) e também o prémio de melhor guarda-redes na Taça das Confederações, em 2009.

Em 2003, o Manchester United exerceu o seu poder de compra e chegou-se à frente com 3.2M€ para a obtenção da maioria dos direitos do atleta. Foram 3 anos em que o americano realizou 77 partidas, conquistando a Supertaça de Inglaterra na sua estreia e a Copa da Liga Inglesa na sua "partida".

Com a compra do guarda-redes holandês Van der Sar, Howard saiu para o Everton, por empréstimo, de forma a ganhar mais tempo de jogo. Acabou por conseguir isso com sucesso e, assim, a sua transferência a título definitivo aconteceu no ano seguinte, por uma verba de 4.2M€.

Tim realizou 370 jogos. Tudo isso se traduz numa representação de 10 épocas ao serviço dos toffees, onde inclusive marcou um golo.

Uma história interessante para contar às futuras gerações: na temporada 11/12, frente ao Bolton, ao aliviar uma bola, conseguiu que a mesma entrasse na baliza após ter passado pelo redes adversário. Pena o resultado ter sido uma derrota por 1-2. Mas este golo valeu-lhe um registo histórico, pois apenas três colegas de posição foram capazes da mesma proeza, na Premier League.

Após este longo contrato ter chegado ao fim, regressou aos Estados Unidos para representar a equipa de Colorado, competindo novamente na MLS. Nessa segunda passagem, conseguiu chegar até às finais das confederações, perdendo para a equipa de Seattle, num agregado de 3-1.

A sua última partida foi frente à LAFC, que venceu por 3-1. Mas, neste caso, o jogo não tinha um caráter tão importante, por se tratar da última jornada da fase regular da MLS.

Não será esta partida que nos fará recordar este jogador, mas sim as suas presenças na Premier League onde, na minha opinião, foi um pilar na equipa do Everton, que só agora encontrou alguém para passar o testemunho.

Howard será recordado por ser um líder, um guardião que nunca ficava mal na fotografia, mesmo nas derrotas. Mas, principalmente, um senhor entre os postes!

Teremos saudades, Howard!

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