Paciência é uma virtude e, para
Gonçalo, esta está-lhe no sangue.
Sim, Gonçalo Paciência é o destaque
desta edição de “Face da mudança”. Numa altura em que ingressou os convocados
da seleção nacional, jogou o seu primeiro jogo oficial e, para além disso, marcou.
O avançado português é filho de um
outro tanto conhecido do futebol nacional – Domingos Paciência. Domingos esse
que marcou várias gerações tripeiras, com 381 jogos e 143 golos pelos dragões (465
jogos e 158 golos, na carreira).
Podemos encarar a definição no
golo como transitória de pai para filho, já que Gonçalo encontrou o caminho
para o golo por 53 vezes, em 183 partidas disputadas. Estando ainda muito a tempo
de conquistar a meta que o próprio pai estipulou com “Paciência”.
Atualmente, Gonçalo Paciência
está numa idade que pode ser encarada como o centro da carreira. Com 25 anos parece
estar a formar-se um verdadeiro jogador, um ponta de lança com características
muito proveitosas para o futebol atual.
Contudo, nem sempre foi assim.
Gonçalo, na minha ótica, era há
alguns anos um atleta que eu entendia como sendo «só mais um».
É verdade. Inicialmente não dei
grande coisa por ele, mas hoje em dia sou capaz de reestruturar os meus pensamentos
e dar-lhe o devido destaque. Esse destaque que verdadeiramente merece.
No entanto, não me condeno por
anteriormente o ter descartado dos grande palcos. Ele, mais que ninguém, saberá
que o devido valor que agora lhe dou – como muitos devem dar – surgiu no momento
em que o próprio se quis superar.
Recordo-me que na época 2016/2017
vi uma nova faceta de Gonçalo Paciência. Parecia que, desta vez, fugia das
sombras do FC Porto e, possivelmente, da imagem que o pai tinha traçado no
clube.
Não estava totalmente
desvinculado dos dragões, mas um empréstimo ao Rio Ave FC parecia ser altamente
positiva. Sobretudo, depois de uma passagem muito pobre pela Olympiacos FC.
Na equipa vilacondense, era sobre
as mãos de Luís Castro que o avançado ia ganhando o seu ritmo, dando alguma alma
ao último quarto de hora das partidas ou tentando inovar o jogo do técnico
português que na altura já tinha um ideal de jogo evoluído.
O tempo de jogo não lhe garantia,
de todo, grandes oportunidades, mas já era excelente para tratar de o colocar
num patamar de primeira liga. Assim, finalizou a época com 15 jogos e 1 golo
pelo Rio Ave FC.
«É esta época!» - tenho a certeza
que aqui começou tudo de forma oficial.
Um empréstimo ao Vitória de
Setúbal parecia ingrato para um jogador como o Gonçalo. Mas, pelas estatísticas
da época transata, este parecia ser dos poucos projetos competitivos que ainda
acreditava no papel do jovem de 23 anos.
Só estávamos a meio da época
2017/2018 quando o clube portuense fez regressar Gonçalo Paciência. Era
impossível que não acontecesse algo do género, já que o ponta de lança levava 11
golos em 25 jogos pelos sadinos, o que por si era muito bom.
Ainda assim, no final da época
perguntamo-nos: Porque é que fizeste o miúdo perder minutos de jogo, FC Porto?
Recentemente, Fernando Santos
diagnosticou isso mesmo. Através da redação do MaisFutebol salientou «André Silva esteve sempre connosco, Éder esteve
tantas vezes connosco… o único que não esteve foi Paciência (…) infelizmente
para ele, foi transferido para o FC Porto, onde não teve oportunidade de jogar
regularmente.».
Acredito que as intenções do
clube não eram más. Contudo, a prata da casa estava a ficar estragada porque
havia dificuldades em integrar o atleta no estilo de jogo de Sérgio Conceição.
Provavelmente o fim da época
marcou um reconhecimento disso mesmo pelo FC Porto e, portanto, marcaram viagem
com destino a Frankfurt ao atleta.
Até agora, Gonçalo Paciência parece
um miúdo feliz. Um miúdo que voltou a viver com a intensidade de uma criança que
aproveita todos os intervalos das aulas para correr e viver a paixão de “dar
uns chutos na bola”, retomando à sala com o suor a escorrer-lhe pelo rosto e
uma felicidade tremenda.
Para essa criança, os jogos no
chão de pedra da escola são como uma final das provas europeias. Finalmente,
para Gonçalo, esse é cada vez mais um sonho tornado realidade.
O Eintracht Frankfurt tem dado
que falar e o Gonçalo tem estado por dentro desse destaque. Esta época, vestiu
por 23 vezes a camisola do clube e esteve envolvido em 12 golos (9 golos
marcados e 3 assistências), em provas oficiais.
Previsão de transferência: Já provém da época passada a vontade em assumir
abertamente, do que com mais que uns quantos amigos, a ideia que o português poderá ser o sucessor de Robert Lewandowski.
Vejo Gonçalo como um ponta de lança bastante capacitado para aquilo que tem sido o futebol atual e aquilo que acredito que poderá vir a ser.
Num todo atleta de 1,84 metros, o já não tão jovem Paciência parece apenas necessitar de algumas afinações na definição. Isto é, ganhar alguma frieza no último momento da jogada, seja para golo ou para a assistência.
Gosto de destacar que é um ponta de lança com capacidade para se movimentar com e sem bola, podendo assim garantir um leque extenso de opções para a sua equipa. Com os pés ou com a cabeça trabalha bem e, essencialmente, tem tendência a estar no sítio certo à hora certa [e isso também se trabalha!].
Como disse, acredito que tem potencial para cruzar o seu destino em Munique. Pode é demorar mais dois ou três anos, esperando que o polaco comece a perder algum ritmo face à idade.
Não será descabido pensar nesta possível transferência. Primeiro, porque Gonçalo tem perfil para assentar no esquema do Bayern e, em segundo, porque este clube costuma reforçar-se pela Bundesliga, sobretudo nesta posição de avançado.
Acredito que muita gente possa pensar que estou "louco" em pensar assim. Mas, também conheço gente que depois de olhar ao português com mais atenção, reestruturou a sua opinião sobre o assunto.
Até ver, que continue a ajudar a equipa de Frankfurt nestes passos de sucesso.
Força Gonçalo!
Vejo Gonçalo como um ponta de lança bastante capacitado para aquilo que tem sido o futebol atual e aquilo que acredito que poderá vir a ser.
Num todo atleta de 1,84 metros, o já não tão jovem Paciência parece apenas necessitar de algumas afinações na definição. Isto é, ganhar alguma frieza no último momento da jogada, seja para golo ou para a assistência.
Gosto de destacar que é um ponta de lança com capacidade para se movimentar com e sem bola, podendo assim garantir um leque extenso de opções para a sua equipa. Com os pés ou com a cabeça trabalha bem e, essencialmente, tem tendência a estar no sítio certo à hora certa [e isso também se trabalha!].
Como disse, acredito que tem potencial para cruzar o seu destino em Munique. Pode é demorar mais dois ou três anos, esperando que o polaco comece a perder algum ritmo face à idade.
Não será descabido pensar nesta possível transferência. Primeiro, porque Gonçalo tem perfil para assentar no esquema do Bayern e, em segundo, porque este clube costuma reforçar-se pela Bundesliga, sobretudo nesta posição de avançado.
Acredito que muita gente possa pensar que estou "louco" em pensar assim. Mas, também conheço gente que depois de olhar ao português com mais atenção, reestruturou a sua opinião sobre o assunto.
Até ver, que continue a ajudar a equipa de Frankfurt nestes passos de sucesso.
Força Gonçalo!

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