sexta-feira, 23 de agosto de 2019

"Fim de cena" - Wesley Sneijder

Através de uma entrevista ao clube Utrecht, testemunhamos mais um “Fim de cena”, com o centro campista holandês a ser o protagonista desta 2ª edição.

Nascido em 1984, o seu dom para o futebol já lhe corria nas veias, pois tanto o seu pai como o seu irmão mais velho (Jeffrey) praticaram esta modalidade e, nos dias de hoje, o seu irmão mais novo (Rodney) atua pelo RKC Waalwijk e também pelos sub19 da Holanda.

Com uma estatura de 1.70 metros, Sneijder iniciou a sua carreira no Utrecht, clube da sua cidade natal. Com sete anos de idade foi convidado, juntamente com Jeffrey, para realizar testes no clube mais conhecido da Holanda, o FC Ajax.

Felizmente para nós, o irmão do meio conseguiu uma vaga na equipa, ao contrário do que se sucedeu a Jeffrey, que não teve a mesma sorte.

A sua oportunidade de se estrear pela equipa principal acabou por chegar aos 18 anos, quando na altura Ronald Koeman, treinador principal do Ajax, enfrentava uma situação complicada, com vários jogadores lesionados, e optou por chamar Wesley para o jogo frente ao Willem II.

A 2 de fevereiro de 2003, Sneijder jogava a sua primeira partida oficial pelo clube holandês. O jogo terminou com uma vitória gorda por 6-0!

Nesse mesmo ano, estreou-se a jogar em “casa”, na Amsterdam Arena, no seu primeiro clássico contra o Feyenoord, mas foi frente ao NAC Breda que o seu primeiro golo surgiu.

Na temporada seguinte, Sneijder começou a destacar-se mais. Com a conquista do campeonato holandês, onde participou em 30 jogos marcando por nove vezes, começava a despertar o interesse dos chamados tubarões europeus.

Foi em 2007, por uma quantia a rondar os 27M€, que se juntou à equipa da capital espanhola, o Real Madrid, onde também encontrou um companheiro bem conhecido, Arjen Robben.

Com o número 23 nas costas, a sua estreia no campeonato não podia ter corrido melhor, conseguindo marcar o golo vitorioso frente aos rivais madrilenos, que culminou na renovação do título espanhol.

Apesar do brilhantismo que espalhou por Espanha, o holandês aceitou um novo desafio para a sua carreira e rumou por uma verba de 15M€ para o Inter de Milão.

Novamente, a história repetiu-se.

Tendo José Mourinho no comando, o cérebro holandês do meio campo ajudou a equipa a conquistar a Serie A e ainda um título que não era possível desde 1965 - a Champions League.

A sua estreia pela seleção aconteceu no dia 30 de Abril de 2003, tornando-se um dos jogadores mais jovens a atuar pela sua nação.

A sua primeira prova oficial por seleções foi o Campeonato da Europa de 2004.

Os anos passaram e a Holanda atingiu a final do Campeonato do Mundo de 2010 - o título que mais ambicionava – mas o jogo não teve o melhor desfecho. A seleção holandesa saiu derrotada pela Espanha, no prolongamento.

Ainda assim, o médio foi o melhor marcador da competição, empatado com David Villa, Diego Forlán e Muller. Mas o verdadeiro sonho tinha ido por água abaixo.


Após algum descontentamento no clube italiano, a meio da temporada 2012/13, contra todas as especulações dos seus possíveis destinos, rumou para o clube turco Galatasaray, por cerca de 20M€.

Por lá, deu muitas alegrias aos seus adeptos, mas em 2017 voltaria a mudar o seu rumo, desta vez para o Nice de França. No entanto, com as poucas oportunidades que teve para jogar e mostrar o que valia, em janeiro viajou para o seu último clube, o Al-Gharafa do Catar.

Em suma, podemos afirmar que por onde passou o holandês conseguia dar brilho e requinte, e com isso colhia os seus frutos coletivos para o clube que representava.

Para nós, ficará na memória o seu percurso e o contributo que deu ao futebol durante os 27 anos, enquanto profissional.

Vamos ter saudades, Sneijder!

Sem comentários:

Enviar um comentário