Nascido em 1984, o seu dom para o
futebol já lhe corria nas veias, pois tanto o seu pai como o seu irmão mais
velho (Jeffrey) praticaram esta modalidade e, nos dias de hoje, o seu irmão
mais novo (Rodney) atua pelo RKC Waalwijk e também pelos sub19 da Holanda.
Com uma estatura de 1.70 metros,
Sneijder iniciou a sua carreira no Utrecht, clube da sua cidade natal. Com sete
anos de idade foi convidado, juntamente com Jeffrey, para realizar testes no
clube mais conhecido da Holanda, o FC Ajax.
Felizmente para nós, o irmão do
meio conseguiu uma vaga na equipa, ao contrário do que se sucedeu a Jeffrey, que
não teve a mesma sorte.
A sua oportunidade de se estrear
pela equipa principal acabou por chegar aos 18 anos, quando na altura Ronald
Koeman, treinador principal do Ajax, enfrentava uma situação complicada, com vários
jogadores lesionados, e optou por chamar Wesley para o jogo frente ao Willem II.
A 2 de fevereiro de 2003, Sneijder
jogava a sua primeira partida oficial pelo clube holandês. O jogo terminou com
uma vitória gorda por 6-0!
Nesse mesmo ano, estreou-se a
jogar em “casa”, na Amsterdam Arena, no seu primeiro clássico contra o
Feyenoord, mas foi frente ao NAC Breda que o seu primeiro golo surgiu.
Na temporada seguinte, Sneijder
começou a destacar-se mais. Com a conquista do campeonato holandês, onde
participou em 30 jogos marcando por nove vezes, começava a despertar o
interesse dos chamados tubarões europeus.
Foi em 2007, por uma quantia a
rondar os 27M€, que se juntou à equipa da capital espanhola, o Real Madrid, onde
também encontrou um companheiro bem conhecido, Arjen Robben.
Com o número 23 nas costas, a sua
estreia no campeonato não podia ter corrido melhor, conseguindo marcar o golo
vitorioso frente aos rivais madrilenos, que culminou na renovação do título
espanhol.
Apesar do brilhantismo que
espalhou por Espanha, o holandês aceitou um novo desafio para a sua carreira e
rumou por uma verba de 15M€ para o Inter de Milão.
Novamente, a história repetiu-se.
Tendo José Mourinho no comando, o
cérebro holandês do meio campo ajudou a equipa a conquistar a Serie A e ainda
um título que não era possível desde 1965 - a Champions League.
A sua estreia pela seleção
aconteceu no dia 30 de Abril de 2003, tornando-se um dos jogadores mais jovens
a atuar pela sua nação.
A sua primeira prova oficial por
seleções foi o Campeonato da Europa de 2004.
Os anos passaram e a Holanda
atingiu a final do Campeonato do Mundo de 2010 - o título que mais ambicionava
– mas o jogo não teve o melhor desfecho. A seleção holandesa saiu derrotada pela
Espanha, no prolongamento.
Ainda assim, o médio foi o melhor
marcador da competição, empatado com David Villa, Diego Forlán e Muller. Mas o verdadeiro
sonho tinha ido por água abaixo.
Após algum descontentamento no
clube italiano, a meio da temporada 2012/13, contra todas as especulações dos
seus possíveis destinos, rumou para o clube turco Galatasaray, por cerca de
20M€.
Por lá, deu muitas alegrias aos seus
adeptos, mas em 2017 voltaria a mudar o seu rumo, desta vez para o Nice de
França. No entanto, com as poucas oportunidades que teve para jogar e mostrar o
que valia, em janeiro viajou para o seu último clube, o Al-Gharafa do Catar.
Em suma, podemos afirmar que por
onde passou o holandês conseguia dar brilho e requinte, e com isso colhia os
seus frutos coletivos para o clube que representava.
Para nós, ficará na
memória o seu percurso e o contributo que deu ao futebol durante os 27 anos, enquanto
profissional.
Vamos ter saudades, Sneijder!

Sem comentários:
Enviar um comentário