GIL VICENTE FC vs FC PORTO
Liga NOS (1ª jornada) - 10/08/2019
No último sábado, a equipa do Gil Vicente FC recebeu o FC Porto no Estádio Cidade de Barcelos, a contar para a 1ª jornada da Liga NOS.
Esperava-se que o vice-campeão da época transata fosse favorito à vitória frente a um Gil Vicente sem grandes níveis de competitividade e que tinha sido construído desde o zero, através das mãos do técnico Vítor Oliveira, o grande conquistador da Liga Ledman Pro.
Contudo, a história acabou por ser bastante diferente. O FC Porto entrou em campo sem identidade e o Gil Vicente, com todo o mérito, soube aproveitar.
Com linhas baixas, mas fora do denominado "anti-jogo" ou do "autocarro na baliza", a equipa gilista esperou pacientemente pelos erros do visitante para ir ganhando confiança. E, como já foi destacado, os dragões estiveram bem longe daquilo que presentearam os seus adeptos, sobre o comando de Sérgio Conceição, na conquista do campeonato há dois anos e até mesmo no vice-campeonato da época passada.
O primeiro golo tardava a aparecer na partida. Depois de Marchesín ter salvo o resultado para o Porto na primeira parte e Tiquinho Soares ter salvo para o Gil Vicente, a hora de jogo ficou marcada pela má definição de Marega, que entrara um minuto antes.
Com a perda de bola do maliano a meio campo, bastou uma transição simples a dois ou três toques para que Lourency, na velocidade, ficasse na cara do guardião portista e colocasse a bola dentro das malhas adversárias.
Com o golo gilista, os dragões começaram a mostrar-se mais ao jogo.
Luís Diaz, que tinha entrado também perto dos 60', num momento individual disparou fora da grande área e, ainda que a bola não tenha ido em direção à baliza, mais tarde daria em golo. Tudo isto porque após análise do VAR foi detetado um desvio irregular (mão na bola) proveniente do defesa central Rodrigo, do Gil Vicente.
Alex Telles tratou de assumir a cobrança do penálti, como já é hábito, e empatou para os visitantes.
O jogo parecia recompor-se e os azuis e brancos ganhavam novamente favoritismo na partida. Mas, numa situação mais dispersa do jogo foi o Gil Vicente a aproveitar para marcar, com alguma sorte à mistura. Kraev foi o fuzileiro que encaixou uma bola imprevista na gaveta.
Após o segundo golo gilista, o FC Porto foi movido apenas e só pelo coração, deixando de lado os principais fundamentos táticos, procurando através do habitual "chuveirinho" um milagre que garantisse pelo menos um ponto no primeiro jogo do campeonato.
Gil Vicente FC 2 - 1 FC Porto
GIL VICENTE FC
Foi, sem dúvida, a grande surpresa da 1ª jornada.
Ainda que com um técnico bastante experiente, há que salientar que a equipa de Barcelos está de regresso à primeira divisão proveniente da terceira divisão portuguesa, após uma decisão jurídica. Os gilistas vêm, então, sem grandes níveis de competitividade e com uma equipa desenhada desde o zero.
FC PORTO
Longe do seu melhor, o FC Porto destacou-se pela positiva, na sua maioria, através de Marchesín e Zé Luís.
O primeiro foi responsável por atrasar o primeiro golo da equipa caseira, num momento que certamente lhe irá garantir posição nas melhores defesas do campeonato. O guarda-redes fica, cada vez mais, visto como uma boa contratação de última hora e parece trazer garantias de segurança.
O atleta cabo-verdiano demonstrou ter qualidade no apoio ofensivo, e uma experiência e qualidade diferenciada comparativamente aos outros pontas de lança. Ainda assim, Zé Luís dá a noção de não ser um avançado que goste de jogar sozinho na posição central, dado que procura muitas vezes jogar de costas para a baliza, com o intuito de poder trabalhar a bola com os seus colegas antes de se entregar ao golo.
Num outro destaque, Tiquinho Soares foi quem mais surpreendeu pela negativa. O avançado brasileiro passou bem ao lado das suas melhores atuações. No momento em que pôde demonstrar o quão letal pode ser, falhou, inexplicavelmente, uma oportunidade de ouro, com um remate em jeito e pouca força para o lado mais denunciado. Após essa jogada mal apareceu em campo. Ainda chegou a ser servido por Zé Luís numa outra situação, mas que já levava um outro tipo de dificuldade.
Acabam por surgir algumas questões no ar: "Será o 4-2-4 a melhor opção tática para o FC Porto?", "Não teria sido importante ter Nakajima no banco, face a sua irreverência?", "Otávio na ala é opção viável?".
Contudo, a história acabou por ser bastante diferente. O FC Porto entrou em campo sem identidade e o Gil Vicente, com todo o mérito, soube aproveitar.
Com linhas baixas, mas fora do denominado "anti-jogo" ou do "autocarro na baliza", a equipa gilista esperou pacientemente pelos erros do visitante para ir ganhando confiança. E, como já foi destacado, os dragões estiveram bem longe daquilo que presentearam os seus adeptos, sobre o comando de Sérgio Conceição, na conquista do campeonato há dois anos e até mesmo no vice-campeonato da época passada.
O primeiro golo tardava a aparecer na partida. Depois de Marchesín ter salvo o resultado para o Porto na primeira parte e Tiquinho Soares ter salvo para o Gil Vicente, a hora de jogo ficou marcada pela má definição de Marega, que entrara um minuto antes.
Com a perda de bola do maliano a meio campo, bastou uma transição simples a dois ou três toques para que Lourency, na velocidade, ficasse na cara do guardião portista e colocasse a bola dentro das malhas adversárias.
Com o golo gilista, os dragões começaram a mostrar-se mais ao jogo.
Luís Diaz, que tinha entrado também perto dos 60', num momento individual disparou fora da grande área e, ainda que a bola não tenha ido em direção à baliza, mais tarde daria em golo. Tudo isto porque após análise do VAR foi detetado um desvio irregular (mão na bola) proveniente do defesa central Rodrigo, do Gil Vicente.
Alex Telles tratou de assumir a cobrança do penálti, como já é hábito, e empatou para os visitantes.
O jogo parecia recompor-se e os azuis e brancos ganhavam novamente favoritismo na partida. Mas, numa situação mais dispersa do jogo foi o Gil Vicente a aproveitar para marcar, com alguma sorte à mistura. Kraev foi o fuzileiro que encaixou uma bola imprevista na gaveta.
Após o segundo golo gilista, o FC Porto foi movido apenas e só pelo coração, deixando de lado os principais fundamentos táticos, procurando através do habitual "chuveirinho" um milagre que garantisse pelo menos um ponto no primeiro jogo do campeonato.
Gil Vicente FC 2 - 1 FC Porto
GIL VICENTE FC
Foi, sem dúvida, a grande surpresa da 1ª jornada.
Ainda que com um técnico bastante experiente, há que salientar que a equipa de Barcelos está de regresso à primeira divisão proveniente da terceira divisão portuguesa, após uma decisão jurídica. Os gilistas vêm, então, sem grandes níveis de competitividade e com uma equipa desenhada desde o zero.
Todo o elenco, estruturado de base, soube ser competente no seu primeiro jogo do campeonato, demonstrando o rigor tático que Vítor Oliveira pretendia, de forma a dificultar ao máximo a vida dos azuis e branco.
Por entre a competência e a paciência, Lourency foi a figura de destaque do lado gilista.
O jogador brasileiro, que escapou à viagem que gerou o acidente mortal aéreo da Chapecoense, mostrou irreverência com e sem bola. O extremo mostrou-se muito ativo na partida, dando bastante trabalho à defensiva portista, e acabou mesmo por ser dono do primeiro golo da partida.
Depois deste resultado, a equipa deve aumentar os seus índices de confiança. O que esperar deste Gil Vicente? E de Lourency?
Longe do seu melhor, o FC Porto destacou-se pela positiva, na sua maioria, através de Marchesín e Zé Luís.
O primeiro foi responsável por atrasar o primeiro golo da equipa caseira, num momento que certamente lhe irá garantir posição nas melhores defesas do campeonato. O guarda-redes fica, cada vez mais, visto como uma boa contratação de última hora e parece trazer garantias de segurança.
O atleta cabo-verdiano demonstrou ter qualidade no apoio ofensivo, e uma experiência e qualidade diferenciada comparativamente aos outros pontas de lança. Ainda assim, Zé Luís dá a noção de não ser um avançado que goste de jogar sozinho na posição central, dado que procura muitas vezes jogar de costas para a baliza, com o intuito de poder trabalhar a bola com os seus colegas antes de se entregar ao golo.
Num outro destaque, Tiquinho Soares foi quem mais surpreendeu pela negativa. O avançado brasileiro passou bem ao lado das suas melhores atuações. No momento em que pôde demonstrar o quão letal pode ser, falhou, inexplicavelmente, uma oportunidade de ouro, com um remate em jeito e pouca força para o lado mais denunciado. Após essa jogada mal apareceu em campo. Ainda chegou a ser servido por Zé Luís numa outra situação, mas que já levava um outro tipo de dificuldade.
Acabam por surgir algumas questões no ar: "Será o 4-2-4 a melhor opção tática para o FC Porto?", "Não teria sido importante ter Nakajima no banco, face a sua irreverência?", "Otávio na ala é opção viável?".
Esta partida entre Gil Vicente FC e FC Porto acabou mesmo por me recordar os jogos de Football Manager, quando estamos ao leme de uma equipa menos forte, onde somos obrigados a alinhar numa tática adequada ao contra-ataque. Mas, mesmo assim, existe a necessidade de saber escolher os extremos mais velozes e o melhor finalizador para completar as jogadas de maior perigo, que incorrem dos erros adversários.
«A paciência é uma virtude».
Até à próxima partida,
FL

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