quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Corrida de "aflitos" com Pepa a comandar uma reviravolta.

PAÇOS DE FERREIRA vs DESPORTIVO DAS AVES
Liga NOS (6ª jornada) - 20/09/2019

Com tantos jogos empolgantes neste fim-de-semana, decidi trazer à tona um jogo de "aflitos", isto devido à necessidade que as equipas têm para pontuar, de forma a saírem do "buraco" onde se meteram.

Abriu assim a 6ª jornada do campeonato entre duas equipas que ainda ocupam as últimas posições do campeonato.


Pepa estreava-se em casa pelo Paços de Ferreira e, face à exigência dos adeptos, esperava-se uma vitória dos castores. Do outro lado, Augusto Inácio apresentava um plantel diferente, onde teve novamente de mexer na defesa durante o encontro, mas mais tarde falaremos sobre isso.

O jogo começou morno, com ligeira ascendência do Paços, no que diz respeito à posse de bola. O ambiente nas bancadas ainda estava muito silencioso, visto que ambas as claques entraram bem após o apito inicial, devido à rivalidade que existe entre as duas formações provenientes do Grande Porto.

Os castores mostravam alguma intensidade e garra em todas as disputas de bola, numa característica que Pepa vincou logo desde a sua chegada a Paços.

Sem nenhuma oportunidade de golo nos primeiros 20 minutos, foi o Aves que, na primeira vez que se aproximou da baliza do Paços, criou espaço do lado esquerdo e, num erro de Bruno Telles, Mohammadi na linha de fundo colocou, num passe atrasado, a bola em Welington, colocando a bola na gaveta e adiantando o Aves no marcador.

A festa era do visitante e do lado da casa já se via algum descontentamento dos adeptos.

O Paços reagiu. Assumiu ainda mais o controlo do jogo, mas eram raras as aproximações à baliza de Beunardeu. Apenas alguns cruzamentos e tabelas no lado direito, pela subida de Bruno Santos, que falhavam sempre o último passe.

O intervalo chegou e era necessário ajustar a equipa pacense, que precisava de fazer muito mais na segunda parte, isto se queriam dar início à reviravolta no jogo.

Começava a segunda metade, onde Augusto Inácio foi obrigado a mexer novamente na defesa - esse pode ter sido um aspeto importante no decorrer do jogo.

Pepa trouxe o mesmo onze da primeira parte, mas com um sistema muito mais ofensivo e objetivo nas suas jogadas atacantes. Um jogo muito mais central, com tabelas rápidas que puseram muitas vezes a defesa do Aves em dificuldade.

O Paços continuava a criar perigo mas, no momento do remate, a bola nunca tinha a direção do golo. Havia sempre alguém no caminho ou o remate saía muito mal direcionado.

Foi mesmo na ressaca de um remate bloqueado que a equipa de Pepa chegou, finalmente, ao golo.
Na sequência de um canto, Douglas Tanque, que se encontrava próximo do segundo poste, nem precisou de saltar e fez o empate na partida, algo que deixou a equipa do Paços bastante motivada e os adeptos a acreditarem que seria possível conquistar ainda a vitória.

O Aves tentava sair em contra-ataque e em algumas incursões ainda criou algum suspense perto da baliza dos caseiros.

O jogo foi-se arrastando e, já perto dos 80’, Marco Baixinho, sozinho ao segundo poste, cabeceou para fora. Um lance que deixou os adeptos pacenses desesperados.

Mas a reviravolta não demorou muito a chegar.

Num cruzamento de Bruno Santos, à direita, a bola ressaltou dentro da área e encontrou Diaby que, já em queda, faz o 2-1 para os caseiros, levando os adeptos pacenses ao delírio.

Até ao final, destaque ainda para a expulsão de André Micael, do lado da Capital do móvel, que deixou a equipa a jogar com menos um elemento durante 10 minutos, sensivelmente.

Na sequência do livre, Mohammadi, numa jogada ensaiada, remata forte mas o guarda-redes dos castores consegue aliviar a bola da zona da pequena área.

Essa foi a última jogada de relativo perigo do jogo, que terminou com uma gestão de bola do Paços junto à bandeirola de canto.

No geral, pode dizer-se que foi um jogo muito bem disputado entre duas equipas, com estratégias claramente definidas.

Mas, como diz o outro, foi a equipa que manda em casa que ganhou.

No meu entender foi uma vitória sofrida, mas justa.

Paços de Ferreira 2 - 1 Desportivo das Aves



PAÇOS DE FERREIRA

A chicotada psicológica pode ter sido fundamental para a primeira conquista dentro de portas. Isto é, as vitórias trazem boas vibrações e, aliado a isso, vêm melhores jogos e, possivelmente, mais pontos nas próximas jornadas.

Diria que o homem do jogo foi mesmo o treinador Pepa, pela forma como demonstrou que pode tirar o Paços dos lugares de descida, ainda que precise de trabalhar muito o seu plantel para chegar a um patamar que conseguiu com o Tondela, quando por lá treinava a equipa beirã.


DESPORTIVO DAS AVES

Teve um mercado agitado durante este verão, mas os resultados ainda não surgiram, ou tardam em aparecer, e sabemos que, tal como tudo, isso termina.

Verdade seja dita: Augusto Inácio, teve um papel importante desde que assumiu o cargo deste clube, mas será difícil vermos uma equipa avense novamente na ribalta, como na final da Taça de Portugal.

Inicialmente, não considerava o Aves no lote das equipas que podem descer, mas se a má sorte ou a fase negativa continuar, o jogo psicológico pode ter uma resposta tardia e não suficiente.

Até à próxima,
DL 

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